segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Regressos

Quando me vi desempregado em 2014, tinha onze anos de docência no currículo. Fazia o que gostava, num contexto simpático, o do ensino superior politécnico. Dava aulas a adultos, uns mais do que outros, mas nos últimos dois anos já o fazia a prazo.
Foram dois anos e meio de desemprego duros, costumo dizer que o desemprego sabe bem nos primeiros dois meses, a partir daí foi uma luta contra o ritual de ir buscar uma folha assinada, a ausência de respostas, com propostas a roçar o patológico e com total falta de respeito para com quem procura emprego. Enfim, é o país que temos. Avancemos.
O ano passado consegui um biscate, este ano o biscate aumentou ligeiramente de dimensão, mas ainda não dá para sobreviver. Mas enfim, volto a dar aulas, num dos sítios onde o fiz durante algum tempo. Com caras conhecidas, ao lado de amigos e amigas. É bom voltar e ser bem recebido, é bom voltar a fazer aquilo que gostamos, é bom voltar a sentir aquela sensação de inadequação.
Hoje, estou em reuniões, amanhã volto à sala de aula.

Sem comentários:

Enviar um comentário