Acorda cansado, como de costume. Mais uma vez não sonhou, desde que ela morreu que não sonha. Não, não é uma metáfora, é a triste realidade, nem nos sonhos, ou pesadelos, a vê.
A morte quando a levou, levou-a do seu interior. Ela habita a casa, ainda, nas fotografias, na decoração, nas plantas que tenta não deixar morrer à sede. Por vezes, há cheiros que a relembram, como se ela estivesse ali ao seu lado. O velho videogravador comeu a cassete de vídeo que via, vez após vez, para ouvir-lhe a voz, o riso.
Fecha os olhos e chora. Gostava tanto de sonhar com ela!
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