terça-feira, 13 de junho de 2017

A minha mulher costuma dizer que sou ligeiramente OCD (obssessivo-compulsivo). Sorrio simpaticamente porque me revejo nessa descrição.
Esta semana adormeci no sofá, acordei perto da uma da manhã e olhei para o telemóvel. Tinha duas mensagens do OLX, alguém queria comprar-me quatro livros que li colocara à venda. Estremunhado, respondi à mensagem, tirei os livros da prateleira e preparei para me deitar, mas os meus olhos fixaram-se no vazio que os livros deixaram na prateleira. Dirigi-me um móvel, que tem mais livros no topo do que deveria ter e fui retirando os livros da frente, para ver se os que estavam atrás, escondidos, eram alguns dos que intuía estarem ali. A tarefa demorou algum tempo, mas escolhi alguns livros que tapariam o buraco deixado pelos outros, arrumei todos os livros que tirara e preenchi o vazio na prateleira.

Demorei pouco mais de meia-hora neste aprumo e dormi profundamente sabendo que o espaço vazio já não se encontrava ali. 

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